Histórias inspiradoras marcam o Dia do Professor em Vila Velha

Redação Ativa ES


Neste dia 15 de outubro, é celebrado o Dia dos Professores, uma data especial para reconhecer o trabalho daqueles que dedicam suas vidas à arte de ensinar e inspirar gerações. Na rede municipal de ensino de Vila Velha, são 5.328 professores que desempenham um papel fundamental na formação de indivíduos conscientes, críticos e preparados para enfrentar os desafios do mundo.
 
E por falar em desafios, Valcir Candido da Silva dá exemplo de superação aos seus alunos das escolas Ulisses Álvares e Desembargador Ferreira Coelho. Após abandonar os estudos, aos 14 anos, para trabalhar, passou por muitos empregos até tornar-se porteiro de um condomínio residencial, onde estudava com apostilas retiradas do lixo.
 
“Um dos moradores, um professor aposentado, me dizia que era um desperdício de potencial ficar ali parado e me incentivava a retomar os estudos, enquanto me ensinava algumas coisas da Língua Portuguesa. Então, fiz supletivo e, com quase 50 anos, fiz o Enem e iniciei a faculdade de Letras. Concluí a graduação e, no ano seguinte, fui aprovado em dois concursos públicos para o magistério. Escolhi trabalhar em Vila Velha e não me arrependo. Minha maior realização como professor é poder mostrar aos meus alunos, na prática, que não importam as dificuldades, a educação é a única porta de saída”, compartilha o professor de Língua Portuguesa.
 
Exemplo de superação e inclusão, Bruna Frinhani Massucati é apaixonada pelo que faz. A surdez não a impediu de ensinar, e sua trajetória demonstra que nasceu para ser professora.
 
“Aos 9 anos de idade, na casa da minha avó, eu e minha prima brincávamos de sala de aula com nossos familiares. Com o passar do tempo, percebo que esse momento da minha infância foi decisivo para a escolha da minha profissão. Ensinar para alunos surdos na sala bilíngue e no Atendimento Educacional Especializado (AEE) é uma sensação tão boa que nem sei explicar. Sendo surda, encontro com alunos surdos em formação, e juntos vivemos em uma interação de ensino e aprendizado – da língua materna (Libras) e da segunda língua (Português)”, reforça a professora da Umef Deputado Paulo Sérgio Borges.
 
Há quase duas décadas se dedicando ao ensino, Denize Feu Barros também faz da inclusão a sua missão. Na Umei Profª Ana Maria Fontes Lyra, trabalha com seus alunos o envolvimento da música como uma forma de ensino e aprendizagem, sobretudo na Educação Especial.
 
“Minha maior realização como professora é quando firmamos uma parceria com as famílias, que acredito ser fundamental para o desenvolvimento integral da criança, compartilhando conquistas, desafios e estratégias para solidificarmos uma educação de qualidade”, ressalta a docente.


Em defesa do respeito e da igualdade, Marizete Varejão se realiza como professora ao ver seus alunos acreditando em seus sonhos e tornando-se adultos realizados. Atua em Vila Velha como agente de educação das relações étnico-raciais, envolvendo os alunos da Umefti Macionília Maurício Bueno em atividades que ressaltam o protagonismo de autores e escritores negros, além da influência da cultura africana no Brasil.

 
“Meu trabalho tem como premissa a desconstrução de preconceitos, a inclusão de perspectivas plurais no currículo e o reconhecimento das contribuições desses grupos na formação do nosso país. Sou uma eterna sonhadora que acredita ser esse um trabalho crucial para promover a igualdade de oportunidades, combater o racismo e construir uma sociedade mais justa e democrática”, pontua.


Através da arte e da dança, Aline Pamplona transformou sua trajetória em um palco de descobertas e tem inspirado seus alunos a darem o seu melhor na Umeief Profª Flávia Borgo. Através dos variados estilos de dança, coleciona experiências com seus alunos, semeando valores e vivências que ultrapassem o tempo da escola.

 “Eu amo ver as crianças felizes por estarem na escola, curiosas e participativas. É indescritível quando, anos depois, reencontro ex-alunos e eles se lembram desses momentos das aulas com brilho nos olhos e do carinho que envolvia cada aprendizado e acolhimento. Busco junto com eles, construir memórias em que o corpo, o movimento e o encantamento do aprender se entrelaçam. Quero que aprendam a viver com leveza, ética e sensibilidade; que reconheçam a força que têm para transformar o mundo ao redor em um lugar melhor. Um lugar que possam dançar a vida”, aponta  Aline Pamplona.


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