Pintor foi morto por traficantes na Serra após urinar na frente de crianças
Postado 10/10/2025 12H30

Lucas Raich, Junio da Cruz Bezerra, Luiz Kaique Siqueira, Paulo Henrique Mattos, Kennedy da Silva, Klemer de Souza, Riquelves Alves da Silva Crédito: Divulgação | Polícia Civil
Por Redação Ativa ES
Pintor foi morto após série de agressões em via pública no bairro Feu Rosa; corpo foi enterrado duas vezes e sete suspeitos já respondem a processo por homicídio qualificado
O pintor Ozenal Honorato Santos foi assassinado no dia 26 de abril após ser brutalmente agredido em via pública no bairro Feu Rosa, na Serra. A violência, segundo a investigação da Polícia Civil,foi motivada por um episódio em que a vítima, após ingerir bebidas alcoólicas, urinou em um poste diante de crianças, o que revoltou traficantes da região. Ao todo, sete suspeitos foram presos. Veja a lista abaixo:
- Lucas Raich, de 30 anos, apontado como chefe do tráfico local, conhecido como “Poorf”;
- Junio da Cruz Bezerra, 38 anos;
- Luiz Kaique Siqueira da Silva, 31 anos;
- Paulo Henrique Mattos da Silva, 20 anos;
- Kennedy da Silva Gonçalves, 20 anos;
- Klemer de Souza Lima Santos, 25 anos;
- Riquelves Alves da Silva, 20 anos.
- Lucas Raich, de 30 anos, apontado como chefe do tráfico local, conhecido como “Poorf”;
- Junio da Cruz Bezerra, 38 anos;
- Luiz Kaique Siqueira da Silva, 31 anos;
- Paulo Henrique Mattos da Silva, 20 anos;
- Kennedy da Silva Gonçalves, 20 anos;
- Klemer de Souza Lima Santos, 25 anos;
- Riquelves Alves da Silva, 20 anos.
Os seis primeiros foram capturados em 5 de agosto, durante uma operação em Feu Rosa, e o sétimo, em 15 de setembro, também no bairro. O corpo de Ozenal foi localizado apenas no dia 5 de maio, em uma área de mata na região, com apoio do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Ozenal havia trabalhado dias antes para Junio da Cruz, que ficou devendo pelo serviço. Na noite do crime, após ingerir bebidas alcoólicas, o pintor foi até o suspeito cobrar a dívida, o que gerou uma discussão.
“O Junio não gostou da forma como ele cobrou na frente de todo mundo. Ali se iniciou a discussão e depois ele (Ozenal) foi em um poste, cheio de traficantes no local, crianças, inclusive chefe do tráfico, urinou nesse poste e ao lado dele estava o filho de Junio, de 5 anos”, explicou o delegado. A investigação apontou que o crime ocorreu em três momentos distintos.
Na primeira fase, logo após a vítima urinar no poste, Junio, Lucas, Klemer, Kennedy e Paulo Henrique começaram a agredi-lo com chutes, socos, pedaços de mangueira e pedras, por cerca de cinco minutos. Em seguida, o grupo levou Ozenal até o beco dos Eucaliptos, próximo à casa dele, e ordenou que saísse do local. Cerca de meia hora depois, o pintor retornou. Na segunda etapa, as agressões se intensificaram.
Ozenal foi golpeado com enxada, pedaços de pau, mangueira, pedras, chutes e socos. As agressões duraram em torno de dez minutos. Ferido e inconsciente, ele foi deixado debaixo de uma árvore em um cruzamento, onde permaneceu por aproximadamente uma hora sem receber socorro. Quando Luiz Kaique verificou se o pintor estava morto, percebeu que ele ainda respirava. Ozenal, mesmo debilitado, tentou retornar ao beco onde morava, mas foi novamente atacado. Na terceira fase, Lucas, Kennedy, Paulo Henrique e Riquelves levaram o homem, ainda com vida, até uma área de mata.
Enquanto isso, Junio, Klemer e Luiz Kaique ficaram responsáveis por vigiar a presença da polícia e limpar o sangue deixado no local. Com um objeto perfurante, ainda não identificado, Lucas desferiu os golpes fatais no tórax da vítima. “Logo após a execução, o Lucas, que atuava como chefe do tráfico no local, determinou que o Paulo Henrique, o Kennedy e o Riquelves enterrassem o corpo da vítima numa área de Manguezal, que era uma espécie de brejo, onde ali também funciona um esgoto”, acrescentou o delegado.
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